Economia

Dólar recua para R$ 5,86 e atinge menor valor em dois meses; bolsa tem queda

O dólar encerrou o dia desta terça-feira (28) com a sétima queda seguida em relação ao real, fechando a R$ 5,869, o menor valor registrado nos últimos dois meses. A desvalorização da moeda americana reflete um cenário de incerteza e cautela nos mercados globais, principalmente com as decisões sobre juros nos Estados Unidos e no Brasil, previstas para esta semana. Além disso, a recente movimentação no setor de inteligência artificial (IA) também gerou reflexos nas bolsas de valores.

Expectativa para decisões sobre juros e impacto da IA da China afeta mercados financeiros

A queda do dólar foi influenciada por múltiplos fatores, incluindo a divulgação de dados econômicos positivos no Brasil, como o recorde de arrecadação da Receita Federal, que alcançou R$ 2,709 trilhões em 2024, representando um aumento de 9,5% em relação ao ano anterior. Isso indicou que a economia brasileira tem mostrado sinais de recuperação, apesar das incertezas políticas e econômicas.

Com o dólar em queda, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, também registrou um movimento de recuo, fechando em 124,4 mil pontos, uma baixa de 0,5%. O desempenho da bolsa brasileira foi oposto ao das bolsas globais, que registraram altas, como em Wall Street e na Europa. O analista Bruno Benassi, da Monte Bravo, apontou que o movimento no Ibovespa reflete receios com o impacto das eleições nos EUA e suas possíveis consequências no setor de commodities.

Além disso, o mercado aguarda com grande expectativa a “superquarta” desta semana, com as decisões sobre as taxas de juros tanto nos Estados Unidos (Federal Reserve) quanto no Brasil (Banco Central), além da reunião do Banco Central Europeu. Nos Estados Unidos, as apostas indicam uma pausa nos cortes das taxas de juros, enquanto no Brasil, espera-se um novo aumento de 1 ponto percentual na Selic, que pode chegar a 13,25% ao ano.

Impacto da IA chinesa no mercado e as expectativas futuras


O impacto da inteligência artificial (IA) também gerou volatilidade nos mercados. A startup chinesa DeepSeek abalou as ações de grandes empresas de tecnologia, ao lançar uma alternativa de assistente digital mais barata e eficiente em termos de consumo de dados. Essa inovação pode representar uma mudança no cenário competitivo da IA, o que tem gerado preocupações no mercado financeiro, refletindo em quedas no valor de ações de empresas como Google e Microsoft.

Conclusão


O cenário econômico atual reflete uma combinação de fatores internos e externos que impactam diretamente o mercado financeiro. A desvalorização do dólar, a queda na bolsa e as expectativas em torno das decisões sobre juros reforçam a incerteza dos investidores. No entanto, a recuperação da economia brasileira, com números positivos como a arrecadação recorde, pode indicar uma trajetória de estabilidade a médio prazo. O avanço da IA, impulsionado por inovações vindas da China, também está criando um novo ambiente competitivo, que pode afetar os mercados globais e exigir uma adaptação constante.

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