O que representa a saída dos EUA da OMS e quais suas possíveis consequências
Na segunda-feira (20), o presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump, anunciou oficialmente a saída do país da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma decisão histórica que marca um ponto de virada nas relações entre os EUA e a agência de saúde global. A medida, que foi tomada logo após a posse de Trump para um segundo mandato, tem gerado debates sobre as consequências tanto para os EUA quanto para a OMS e o sistema de saúde global.
O Que Motivou a Decisão de Trump?
De acordo com Trump, a decisão de retirar os EUA da OMS foi impulsionada por uma série de críticas à organização. O presidente acusou a agência de exigir “pagamentos injustamente onerosos” dos Estados Unidos e de ter falhado em sua gestão da pandemia de Covid-19, particularmente em relação à origem do vírus em Wuhan, na China. Trump também apontou a incapacidade da OMS de realizar reformas essenciais e de manter sua independência diante de pressões políticas de países membros.
Essa não é a primeira vez que Trump faz movimentos contrários à OMS. Em julho de 2020, durante o auge da pandemia, ele havia interrompido o financiamento norte-americano à organização, acusando-a de ser excessivamente influenciada pela China e de não agir de forma eficaz no combate à crise sanitária. A decisão foi posteriormente revertida por seu sucessor, Joe Biden, em 2021, quando os EUA voltaram a fazer parte da OMS.
O Que é a OMS e Qual sua Função no Mundo?
Fundada em 1948, a Organização Mundial da Saúde é uma agência especializada das Nações Unidas, com sede em Genebra, na Suíça. Seu principal objetivo é coordenar os esforços internacionais para a promoção da saúde, o controle de doenças e a resposta a emergências globais. A OMS desempenha um papel crucial na definição de normas de saúde, no fornecimento de apoio técnico a países e no gerenciamento de crises sanitárias globais, como a pandemia de Covid-19.
A OMS tem autoridade para emitir diretrizes de saúde pública e coordenar respostas internacionais a surtos de doenças. No entanto, sua atuação depende da colaboração de seus países membros, o que torna sua capacidade de ação diretamente influenciada pelas políticas e pela disposição dos governos nacionais.
Consequências da Retirada dos EUA da OMS
A saída dos Estados Unidos da OMS pode ter várias repercussões, tanto para o país quanto para a organização. Em termos de financiamento, os EUA são um dos maiores contribuintes para a OMS, e sua retirada pode afetar significativamente o orçamento da agência. A ausência de um dos países mais influentes do mundo em questões de saúde pública pode prejudicar a capacidade da organização de responder a emergências globais com a mesma eficácia.
Além disso, a retirada pode enfraquecer a posição internacional dos EUA em questões de saúde global, pois a OMS tem uma enorme influência nas políticas e ações de outros países. Isso também pode criar um vácuo de liderança, que poderia ser preenchido por outras potências, como a China, ampliando sua influência sobre as diretrizes globais de saúde.
Conclusão
A saída dos EUA da OMS representa um movimento significativo que não só afeta a relação bilateral entre os dois, mas também tem implicações globais. A OMS, apesar de suas falhas, continua sendo uma peça chave na arquitetura de saúde mundial, com um papel essencial na coordenação de respostas a emergências e na definição de padrões globais de saúde.
A decisão de Trump de retirar os EUA da organização reflete uma tensão crescente sobre a influência política na saúde global e os desafios enfrentados por organizações multilaterais. Se essa medida for mantida pelo governo dos EUA, o impacto será duradouro, prejudicando a cooperação internacional em momentos de crise e comprometendo o papel da OMS como líder na resposta a emergências de saúde.
Agora, a comunidade internacional enfrenta o desafio de garantir que a saúde global não seja comprometida por disputas políticas, e que as lições aprendidas com a pandemia de Covid-19 sejam aplicadas para fortalecer a colaboração entre países e organizações no futuro.