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Mário Frias afirmou que Marcos Pontes passou dois anos discutindo assuntos sem relevância

Deputado federal acusa o senador de desviar o foco das questões urgentes ao discutir temas como foguetes e alienígenas; críticas surgem após declaração de Bolsonaro sobre Pontes.

O clima político esquentou nesta segunda-feira (20), com uma nova troca de farpas entre o deputado federal Mário Frias (PL-SP) e o senador Marcos Pontes (PL-SP). Frias, em suas redes sociais, disparou contra o colega, afirmando que Pontes “passou os últimos dois anos debatendo temas irrelevantes” enquanto o Brasil enfrentava problemas mais urgentes. A crítica de Frias se concentra nas discussões feitas por Pontes sobre o desenvolvimento de foguetes e a existência de vida extraterrestre, temas que, segundo ele, não refletem as prioridades do país.

A crítica de Mário Frias: “Foguetes e alienígenas não são questões essenciais”

O ataque de Mário Frias, ex-secretário da Cultura e aliado de Jair Bolsonaro, foi direto e contundente. Em postagem no X (antigo Twitter), Frias afirmou que, ao longo dos últimos dois anos, Marcos Pontes se dedicou a discutir temas considerados periféricos pelos críticos, como a construção de foguetes e as possíveis descobertas de alienígenas no espaço. “Marcos Pontes passou os dois últimos anos debatendo todas as coisas importantes do país, como como construir foguetes e sobre a existência de alienígenas no espaço. Ao que parece, agora, ele resolveu voltar para o planeta Terra”, escreveu Frias, sugerindo que o foco do senador deveria ter sido voltado para questões mais urgentes do Brasil, como a economia, a educação e a saúde.

A relação com Bolsonaro: Um reflexo do cansaço político?

A crítica de Mário Frias também faz eco em um comentário feito mais cedo por Jair Bolsonaro. O ex-presidente, que está se afastando da política institucional após a derrota nas urnas, lamentou publicamente a candidatura de Marcos Pontes à Presidência do Senado, prevista para o dia 1º de fevereiro. Bolsonaro, que tem uma relação tensa com Pontes desde os últimos anos de governo, parece compartilhar da visão de Frias sobre o senador. Para o ex-mandatário, Pontes não tem se mostrado um político que atenda às necessidades do Brasil.

Frias, por sua vez, foi além e associou a candidatura de Pontes a uma tentativa de “fazer firula” para agradar ao público, sem considerar os “ganhos reais” que o país necessita. “Ele vai bancar a virgem no puteiro, fazendo firula inútil para a plateia enquanto atrapalha ganhos reais”, atacou o deputado, em um comentário que reflete o tom polarizado e agressivo que tem marcado a política nacional.

Marcos Pontes: Foco em ciência ou distração política?

Marcos Pontes, que ficou conhecido internacionalmente como o primeiro astronauta brasileiro a ir ao espaço, tem se destacado por suas pautas científicas, especialmente nas áreas de exploração espacial e inovação tecnológica. No entanto, a crítica de Mário Frias coloca em evidência a divisão interna dentro do PL e a percepção de que, apesar de sua formação científica e seu nome de peso no cenário internacional, Pontes tem se distanciado das questões sociais e econômicas do país, que continuam a ser as maiores preocupações da população.

Conclusão

O ataque de Mário Frias a Marcos Pontes ilustra a disputa por espaço dentro do PL, com cada membro buscando afirmar sua posição no cenário político, especialmente à medida que se aproximam as eleições para a presidência do Senado. As críticas a Pontes também refletem a frustração de parte da base bolsonarista com o foco do senador em temas científicos, que muitos consideram distantes da realidade do cotidiano dos brasileiros.

Enquanto isso, Marcos Pontes se prepara para disputar a presidência do Senado no início de fevereiro, momento que será crucial para determinar seu futuro político. O embate com figuras como Frias e Bolsonaro mostra que, para o senador, conquistar apoio será um desafio, especialmente dentro de um partido onde as divergências internas começam a ganhar contornos mais nítidos. Resta saber se, após esse ciclo de críticas, Pontes será capaz de reposicionar sua imagem e voltar a ser visto como um agente positivo para o país, ou se, por outro lado, ficará marcado pelas acusações de desvio de foco e falta de alinhamento com as necessidades reais da população.

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