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Operação da PF mira assessores ligados aos deputados Jordy e Sóstenes Cavalcante, do PL

A Polícia Federal realizou, na manhã desta terça-feira (19), operações de busca e apreensão envolvendo assessores dos deputados federais Gilson Marques Jordy (PL-PA) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). As ações fazem parte de uma investigação que apura possíveis irregularidades relacionadas a desvios de recursos públicos e práticas de corrupção.

Detalhes da operação

Os mandados de busca foram cumpridos em endereços ligados a assessores dos dois parlamentares. Segundo informações preliminares, a investigação teria como foco a suspeita de esquemas de rachadinha e uso indevido de verbas parlamentares. A operação busca reunir documentos e outros materiais que possam comprovar as irregularidades.

A Polícia Federal ainda não divulgou detalhes sobre as provas já coletadas, mas confirmou que a operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), devido ao envolvimento de pessoas ligadas a deputados federais, que possuem foro privilegiado.

Repercussão entre os parlamentares

Gilson Marques Jordy e Sóstenes Cavalcante, líderes atuantes no Partido Liberal, reagiram às operações por meio de suas redes sociais e notas oficiais. Jordy afirmou que está “tranquilo em relação à lisura de seu mandato” e que confia na inocência de seus assessores. Sóstenes Cavalcante classificou a operação como “uma tentativa de desgastar sua imagem” e declarou que colabora com as investigações para que “a verdade prevaleça”.

Os dois parlamentares enfatizaram que não são alvos diretos das ações da PF, mas destacaram que vão acompanhar o desenrolar do caso e prestar esclarecimentos caso necessário.

Investigação sobre rachadinhas

O esquema investigado, conhecido como rachadinha, refere-se à prática em que assessores devolvem parte de seus salários ao parlamentar que os nomeou. A prática, embora ilegal, já foi alvo de diversas investigações no cenário político brasileiro.

Fontes próximas à investigação apontam que há indícios de que recursos oriundos do suposto esquema foram usados para financiar atividades políticas e pessoais. No entanto, ainda não há conclusões definitivas sobre o envolvimento direto dos deputados no caso.

Declarações de autoridades

O ministro da Justiça, Flávio Dino, foi questionado sobre a operação durante uma coletiva de imprensa e destacou a autonomia da Polícia Federal na condução de investigações. “As ações da PF são conduzidas de forma independente, sem qualquer interferência política. É fundamental garantir a transparência e a integridade do processo”, afirmou o ministro.

Clima de tensão política

A operação ocorre em um momento de alta polarização política, com o Partido Liberal ocupando a linha de frente da oposição ao governo federal. A repercussão das ações da PF tende a aumentar o embate entre oposição e base governista no Congresso Nacional.

Aliados de Jordy e Sóstenes saíram em defesa dos parlamentares, argumentando que as ações poderiam ser interpretadas como parte de uma perseguição política. Por outro lado, deputados da base governista reforçaram a necessidade de apurar os fatos e responsabilizar eventuais culpados.

Próximos passos da investigação

Com as buscas realizadas, a Polícia Federal deverá analisar o material apreendido para identificar se há elementos suficientes para dar continuidade às investigações. Caso sejam encontradas evidências consistentes, o próximo passo pode incluir novos mandados e até mesmo a abertura de processos formais contra os envolvidos.

A expectativa é de que o desenrolar do caso continue sendo acompanhado de perto, tanto pelo meio político quanto pela opinião pública, dado o impacto das acusações sobre a imagem do Partido Liberal e seus representantes.

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