STM elege primeira mulher presidente para julgar casos de militares envolvidos com Bolsonaro
O Superior Tribunal Militar (STM) fez história ao eleger sua única ministra mulher, Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha, para presidir a Corte. A decisão ocorre em um momento delicado, com julgamentos envolvendo militares acusados de participar de atos golpistas durante o governo Bolsonaro.
Quem é a nova presidente?
Maria Elizabeth é reconhecida como uma jurista de destaque, sendo a primeira mulher a integrar o STM, em 2007. Ao longo de sua carreira, ela tem defendido pautas progressistas e a modernização do Judiciário militar. Essa será sua segunda vez na presidência do Tribunal, o que reforça sua relevância na instituição.
Contexto e desafios
A eleição ocorre em meio à repercussão de investigações que apontam o envolvimento de militares em planos golpistas, como o suposto atentado contra o ministro Alexandre de Moraes e as articulações de 8 de janeiro. O STM será peça-chave na análise de condutas que envolvem integrantes das Forças Armadas, equilibrando questões jurídicas e políticas.
O impacto da eleição
Com Maria Elizabeth no comando, a expectativa é que a Corte adote uma postura firme, mas equilibrada, na análise dos casos. A ministra já declarou que o Judiciário militar deve ser imparcial e alinhado aos valores democráticos, especialmente em tempos de crise institucional.
A liderança feminina no STM simboliza, para muitos, uma renovação e um passo importante rumo à igualdade de gênero nas instituições brasileiras.