Governo e oposição se enfrentam na Alesp sobre responsabilidade por violência da PM
Na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), governistas e oposição trocaram acusações nesta quinta-feira (28) em um debate acalorado sobre a recente violência policial no estado. O episódio mais discutido envolveu confrontos em protestos, levando a prisões e relatos de abusos cometidos por agentes da Polícia Militar.
Os governistas, defensores do governador Tarcísio de Freitas, argumentaram que as ações policiais foram necessárias para garantir a ordem pública diante de manifestações que, segundo eles, apresentaram riscos à segurança. Deputados da base aliada destacaram o compromisso do governo com a segurança e ressaltaram que qualquer excesso será investigado, mas evitaram fazer críticas diretas à corporação.
Por outro lado, a oposição, liderada principalmente por parlamentares do PSOL e do PT, apontou o governador como o principal responsável pela escalada de violência, acusando-o de autorizar uma política de repressão que privilegia o uso excessivo da força. Para a oposição, a abordagem do governo contribui para agravar as tensões e comprometer direitos fundamentais, como a liberdade de expressão e de manifestação.
O debate ocorre em um momento em que Tarcísio de Freitas enfrenta desafios para equilibrar o fortalecimento da segurança pública com a proteção dos direitos civis. O governo afirmou que uma investigação interna foi aberta para apurar os episódios recentes e prometeu mais transparência nas ações da PM.
Com manifestações e críticas cada vez mais intensas, o tema deve continuar sendo uma fonte de divisões políticas na Alesp e fora dela.