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“Foi erro emocional”, afirma comandante da PM sobre homem jogado de ponte em SP

O comandante da Polícia Militar de São Paulo, coronel Renato Parreira, classificou como um “erro emocional” a conduta dos policiais envolvidos no caso em que um homem foi jogado de uma ponte no centro da capital paulista. O episódio, que gerou grande repercussão e indignação pública, aconteceu durante uma abordagem policial na última semana.

O homem, identificado como Marcos dos Santos, de 33 anos, caiu de uma altura de aproximadamente cinco metros e sofreu fraturas graves. Ele foi socorrido pelo SAMU e permanece internado em estado estável no Hospital das Clínicas.

Posição da PM

Durante uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (29), o coronel Parreira destacou que a corporação não tolera abusos de autoridade e que os policiais envolvidos foram afastados de suas funções operacionais enquanto o caso é investigado. “Foi uma reação que foge completamente aos protocolos e valores que norteiam nossa instituição”, afirmou.

A Corregedoria da PM abriu um inquérito para apurar os fatos. A Secretaria de Segurança Pública do Estado também acompanha o caso de perto, e os agentes podem responder tanto administrativamente quanto criminalmente.

O que aconteceu

Imagens gravadas por testemunhas mostram os policiais discutindo com a vítima antes de ela ser empurrada da estrutura. Segundo relatos, o homem teria resistido a uma abordagem por suspeita de furtar objetos de um veículo.

No entanto, familiares de Marcos alegam que ele estava apenas dormindo na região, próximo à ponte, quando foi abordado de forma agressiva. “Meu irmão pode ter errado, mas nada justifica o que fizeram com ele”, desabafou Ana dos Santos, irmã da vítima.

Repercussão

Organizações de direitos humanos e especialistas em segurança pública condenaram o episódio. A ONG Justiça Global classificou a ação como “um retrato do abuso de poder e violência desmedida contra populações vulneráveis”.

O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, declarou em nota que o caso será tratado com “a seriedade necessária” e prometeu transparência na apuração.

Reflexão sobre treinamento e protocolo

Casos como esse reacendem o debate sobre a formação e supervisão dos policiais militares. Especialistas apontam que situações de estresse extremo, sem suporte psicológico adequado, podem levar a ações impulsivas e desproporcionais.

Enquanto a investigação segue, a sociedade exige respostas e, principalmente, mudanças estruturais para prevenir episódios semelhantes. Marcos dos Santos, agora símbolo de um debate maior, luta por sua recuperação enquanto sua família busca justiça.

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