Petrobras anuncia alta de 3% no preço do querosene de aviação em mercados-chave
A Petrobras divulgou nesta segunda-feira (2) um aumento de 3% no preço do querosene de aviação (QAV) em mercados considerados estratégicos para o setor. A decisão reflete a atualização periódica da política de preços da companhia, que leva em conta fatores como as cotações internacionais do produto e as flutuações cambiais.
Impacto no setor aéreo
O reajuste ocorre em um momento delicado para a indústria da aviação. Embora o setor venha se recuperando gradualmente da crise gerada pela pandemia de COVID-19, os custos operacionais continuam sendo um desafio significativo para as companhias aéreas. O querosene de aviação, que representa uma das principais despesas dessas empresas, tem impacto direto no preço das passagens, especialmente em mercados onde a concorrência é menor.
Mercados estratégicos
A Petrobras informou que o reajuste de 3% será aplicado principalmente em mercados-chave, onde há alta demanda e movimentação frequente de aeronaves. Embora a empresa não tenha especificado quais regiões serão mais afetadas, especialistas acreditam que os aeroportos de grandes centros urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro, devem sentir o impacto de forma mais acentuada.
Fatores por trás do aumento
Entre os elementos que motivaram o aumento estão:
- A valorização do petróleo no mercado internacional, que segue em alta devido a cortes na produção por países da OPEP+.
- A desvalorização do real frente ao dólar, que encarece a importação de insumos e combustíveis.
- A crescente demanda por viagens aéreas em meio à retomada econômica global.
Reação das companhias aéreas
Companhias aéreas ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o aumento, mas fontes do setor indicam preocupação com o impacto nos custos. Em cenários semelhantes no passado, o repasse dos custos aos consumidores ocorreu de forma gradual, resultando em tarifas mais altas para voos domésticos e internacionais.
Política de preços da Petrobras
A estatal mantém uma política de preços alinhada às condições do mercado internacional, buscando equilíbrio entre competitividade e sustentabilidade financeira. Essa abordagem tem gerado debates sobre a necessidade de maior previsibilidade nos reajustes, especialmente para setores como o aéreo, que dependem fortemente de planejamento de longo prazo.
Próximos passos
Enquanto o mercado avalia os impactos do aumento, especialistas recomendam atenção redobrada às tarifas aéreas, que podem registrar elevações nas próximas semanas. Além disso, o setor deve pressionar por medidas de compensação ou incentivos fiscais para minimizar os efeitos negativos do reajuste no curto prazo.
A Petrobras reafirma seu compromisso com a transparência e a responsabilidade em suas decisões, garantindo que novos ajustes serão realizados sempre que necessário para adequar os preços às condições de mercado.