Politica

PF: Carla Zambelli pressionou comandante da Aeronáutica por apoio a golpe de Estado

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) está no centro de novas revelações da Polícia Federal (PF), que apontam sua suposta atuação para pressionar o comandante da Aeronáutica a aderir a um plano golpista após as eleições de 2022. Segundo o inquérito, a parlamentar teria feito contatos diretos e indiretos com o militar, buscando apoio para reverter o resultado eleitoral que deu vitória ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


Detalhes da investigação

De acordo com as apurações, Zambelli teria utilizado seu papel como figura pública para estabelecer canais de comunicação com integrantes das Forças Armadas, defendendo abertamente a intervenção militar como forma de impedir a posse de Lula.

Fontes ligadas à investigação relataram que:

  • Mensagens enviadas: Zambelli teria trocado mensagens com interlocutores próximos ao comando da Aeronáutica, reforçando pedidos de adesão ao plano golpista.
  • Reuniões informais: Há registros de encontros em que a parlamentar discutiu estratégias para mobilizar setores das Forças Armadas.

A PF anexou ao inquérito diálogos e depoimentos que reforçam as suspeitas de que Zambelli buscava catalisar um movimento de ruptura institucional.


Repercussão política

O caso gerou forte repercussão no meio político e militar. Aliados de Zambelli minimizaram as acusações, alegando que não há provas de que ela tenha cometido qualquer ilegalidade. Já membros da oposição apontam que as revelações confirmam o envolvimento da deputada em ações antidemocráticas.

Zambelli em sua defesa:
“Sempre defendi a Constituição e jamais incentivei qualquer ato contrário à democracia. Essa investigação é uma tentativa de me calar.”


Possíveis desdobramentos

O inquérito contra Zambelli é parte de uma investigação maior que apura a participação de figuras políticas e militares em tentativas de golpe após as eleições. A deputada já é alvo de outros processos no Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo os relacionados aos atos de 8 de janeiro.

Se as acusações forem comprovadas, Zambelli pode enfrentar consequências graves, como cassação de mandato e até prisão.


Contexto das investigações

As revelações ocorrem em meio a um cenário de apuração intensa das tentativas de golpe de Estado. Nos últimos meses, a PF e o STF têm intensificado as investigações contra líderes políticos e militares suspeitos de participar ou apoiar atos antidemocráticos.

O comandante da Aeronáutica, citado no inquérito, não se pronunciou oficialmente sobre as acusações. A expectativa é que ele seja convocado a prestar depoimento nas próximas semanas.

O caso levanta novamente o debate sobre a necessidade de reforçar mecanismos de proteção à democracia e o papel das instituições na contenção de ameaças golpistas.

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