Congresso discute com Iphan reforço na segurança de prédios históricos após atentado
O Senado e a Câmara dos Deputados convocaram uma reunião com representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) nesta semana para discutir estratégias de segurança destinadas a proteger prédios históricos. O encontro foi motivado pelo atentado recente ocorrido na Praça dos Três Poderes, que acendeu o alerta para possíveis vulnerabilidades nos edifícios simbólicos do país.
Preocupação com o Patrimônio e a Democracia
O atentado levantou questões sobre a necessidade de reforçar não apenas a segurança das sedes dos Poderes, mas também de proteger os prédios tombados pelo Iphan. Esses edifícios, além de representarem a identidade cultural brasileira, são ícones da democracia e frequentemente alvos de atos simbólicos em períodos de instabilidade política.
Durante a reunião, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, destacou a importância de preservar tanto a integridade física dos edifícios quanto o significado que eles carregam. “Esses espaços são testemunhos vivos da nossa história e da construção da nossa democracia. Garantir sua segurança é preservar nossa memória e nossos valores”, afirmou.
Ações em Discussão
Entre as medidas propostas, destacam-se:
- Instalação de barreiras de proteção e vigilância eletrônica em pontos estratégicos, como entradas e áreas de circulação próximas aos prédios.
- Ampliação do efetivo de segurança física, especialmente em momentos de manifestações ou crises políticas.
- Parcerias com forças de segurança estaduais e municipais, para monitoramento contínuo das áreas tombadas.
- Campanhas de conscientização pública sobre a importância do patrimônio histórico e sua preservação.
O Iphan sugeriu que qualquer intervenção nos prédios tombados respeite sua integridade arquitetônica. “Precisamos equilibrar a proteção com a preservação do valor histórico desses edifícios. O uso de tecnologias modernas pode ser uma solução eficaz e discreta”, pontuou uma representante do órgão.
Impacto do Atentado no Debate
O episódio recente reacendeu debates no Congresso sobre a vulnerabilidade das sedes dos Três Poderes. Embora a segurança nos entornos dessas edificações já tenha sido intensificada após os ataques de janeiro, o atentado mais recente mostrou que ainda há lacunas a serem preenchidas.
A Câmara dos Deputados e o Senado já contam com esquemas de segurança interna, mas há consenso de que é necessário ampliar a cooperação entre diferentes órgãos. Para Arthur Lira, presidente da Câmara, a resposta ao atentado deve ser enérgica: “Estamos trabalhando para garantir que episódios como esse não se repitam, reforçando a proteção de nossos espaços e a punição exemplar dos responsáveis.”
Resistência e Custos
Apesar do consenso geral sobre a necessidade de medidas mais robustas, há quem questione os custos envolvidos. Alguns parlamentares argumentam que o investimento em segurança deve ser equilibrado com outras prioridades orçamentárias. No entanto, especialistas em preservação e segurança alertam que o custo de reparar danos a prédios históricos é muito maior do que implementar medidas preventivas.
Próximos Passos
A reunião resultou na criação de um grupo de trabalho, composto por representantes do Senado, da Câmara e do Iphan, que terá 90 dias para apresentar um plano integrado de segurança. O grupo também deverá avaliar a necessidade de alterações legislativas para agilizar a implementação de medidas em situações emergenciais.
Apoio da Sociedade e do Setor Privado
Organizações da sociedade civil e empresas privadas já se manifestaram dispostas a colaborar com o projeto. “Proteger o patrimônio histórico é uma responsabilidade de todos nós, e estamos abertos a contribuir com soluções tecnológicas e financiamento”, afirmou um representante do setor de tecnologia durante a reunião.
O Congresso pretende ainda realizar audiências públicas para ouvir especialistas e a população sobre as prioridades e preocupações em torno da segurança de edifícios históricos. O objetivo é que as soluções sejam abrangentes, eficazes e sustentáveis, garantindo que o Brasil preserve sua história para as futuras gerações.