Erika Hilton, Tabata Amaral e André Janones: Confira quais deputados apoiaram a PEC contra a escala 6×1.
A discussão sobre a jornada de trabalho no Brasil ganhou um novo capítulo com a proposta de uma nova Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa proibir a adoção da escala 6×1 em diversas categorias profissionais. Essa escala, que prevê seis dias de trabalho seguidos por um de descanso, tem sido criticada por muitos trabalhadores que consideram a carga excessiva e prejudicial à saúde e ao bem-estar. A PEC, que busca garantir melhores condições de trabalho, já conta com o apoio de diversos deputados, incluindo figuras de destaque como Erika Hilton (PSOL-SP), Tabata Amaral (PSB-SP) e André Janones (Avante-MG).
O que é a escala 6×1 e por que ela é contestada?
A escala 6×1, utilizada principalmente em áreas como saúde, segurança pública e setores de serviços essenciais, exige que os trabalhadores cumpram seis dias consecutivos de trabalho seguidos por apenas um dia de folga. Para muitos, essa jornada é vista como desumana, uma vez que não proporciona tempo suficiente para descanso e recuperação, aumentando o risco de desgaste físico e mental.
Críticos apontam que a rotina intensiva da escala 6×1 pode gerar sobrecarga de trabalho, prejudicando a qualidade de vida dos profissionais e contribuindo para o aumento do estresse, doenças ocupacionais e burnout. Diante dessas preocupações, a PEC tem como objetivo limitar essa prática, garantindo uma maior proteção aos trabalhadores.
O apoio de parlamentares
Entre os deputados que estão à frente dessa luta, destacam-se figuras com um histórico de defesa dos direitos trabalhistas. Erika Hilton (PSOL-SP), conhecida por sua atuação em prol dos direitos humanos e das minorias, tem se mostrado uma das vozes mais ativas na luta pela aprovação da PEC. Para ela, a escalada de jornadas extenuantes, como a 6×1, representa um retrocesso nas conquistas trabalhistas e uma afronta ao direito fundamental ao descanso e à qualidade de vida.
Já Tabata Amaral (PSB-SP), que vem ganhando notoriedade pela sua postura progressista e engajamento com as causas sociais, também se posicionou favoravelmente à proposta. A deputada defende que a medida é essencial para modernizar as relações de trabalho no Brasil, especialmente em setores que dependem de jornadas intensivas.
André Janones (Avante-MG), por sua vez, tem se destacado no debate sobre as condições de trabalho e a necessidade de uma reforma trabalhista que favoreça a saúde e a segurança dos profissionais. Ele tem se mostrado um aliado importante para a aprovação da PEC, argumentando que a medida é fundamental para a proteção dos trabalhadores em setores críticos.
O que a PEC propõe?
A proposta de emenda à Constituição visa estabelecer limites para a jornada de trabalho em setores onde a escala 6×1 é amplamente utilizada. A PEC propõe que, em setores essenciais, os trabalhadores devem ter uma jornada de trabalho que respeite não apenas o direito ao descanso semanal, mas também ao tempo livre necessário para a manutenção de sua saúde física e mental. A medida busca garantir que a carga de trabalho seja mais equilibrada e que os empregadores se vejam obrigados a adotar alternativas que não prejudiquem a qualidade de vida de seus funcionários.
A proposta ainda está em fase de tramitação, mas já gerou um debate acalorado sobre as condições de trabalho no Brasil. Para muitos, a aprovação da PEC seria um avanço significativo na proteção dos direitos dos trabalhadores, especialmente daqueles que enfrentam jornadas pesadas e estressantes.
O futuro da PEC
Agora, o desafio será convencer mais parlamentares a se somarem à causa e garantir o apoio necessário para que a PEC avance na Câmara dos Deputados e no Senado. A expectativa é que a proposta ganhe força à medida que mais deputados se sensibilizem com a necessidade de reformular as jornadas de trabalho no Brasil, especialmente em tempos em que a saúde mental e o bem-estar dos trabalhadores se tornaram questões prioritárias na agenda política.
Se aprovada, a PEC não apenas alteraria a forma como as escalas de trabalho são definidas em setores essenciais, mas também serviria como um reflexo das mudanças que vêm sendo discutidas nas relações de trabalho no Brasil e no mundo, com uma ênfase maior na qualidade de vida e no respeito aos direitos humanos.