Economia

Nathália Arcuri: “Dinheiro só não traz felicidade para quem já tem dinheiro” – Entenda o impacto do dinheiro na busca por bem-estar

Nathália Arcuri, fundadora do canal de educação financeira “Me Poupe!” e uma das personalidades mais influentes do Brasil no tema de finanças pessoais, recentemente reacendeu um debate polêmico: a relação entre dinheiro e felicidade. Em uma de suas falas, a empresária afirmou que “dinheiro só não traz felicidade para quem já tem dinheiro”, uma declaração que gera reflexões sobre como o dinheiro pode ou não influenciar diretamente o bem-estar das pessoas.


O contexto da fala de Nathália Arcuri

A declaração de Nathália Arcuri toca em um ponto sensível e amplamente discutido. O ditado popular “dinheiro não traz felicidade” é constantemente questionado, especialmente em tempos de crise econômica, inflação alta e aumento do custo de vida. A especialista em finanças defende que, para quem enfrenta dificuldades financeiras, o dinheiro pode ser uma ferramenta essencial para alcançar uma vida mais tranquila e feliz, ao eliminar preocupações básicas como moradia, alimentação e saúde.

Ao lançar essa provocação, Arcuri busca alertar que, para quem vive em um cenário de carência, o dinheiro é uma solução prática para reduzir estresse, garantir segurança e proporcionar conforto. Ou seja, antes de alcançar níveis mais elevados de felicidade emocional, muitas pessoas precisam resolver problemas básicos e ter suas necessidades primárias atendidas.


Dinheiro e a pirâmide de Maslow: a busca por necessidades básicas

A fala de Nathália se relaciona diretamente com a Pirâmide de Maslow, uma teoria psicológica que organiza as necessidades humanas em uma hierarquia, começando pelas necessidades fisiológicas e de segurança. Esses níveis mais baixos da pirâmide envolvem fatores como comida, abrigo e saúde — elementos que, muitas vezes, dependem diretamente de recursos financeiros para serem assegurados.

Somente depois de atingir essas necessidades fundamentais é que uma pessoa pode buscar realizar desejos mais complexos, como autoestima, relacionamentos e autorrealização, que são frequentemente associadas à felicidade duradoura. Assim, na visão de Arcuri, a falta de dinheiro impede que a maioria das pessoas sequer alcance esse estágio onde “o dinheiro não traria felicidade”, porque ainda estão lutando para suprir as suas necessidades básicas.


Dinheiro e felicidade: o que dizem os estudos?

Pesquisas mostram que, até certo ponto, a relação entre dinheiro e felicidade é real. Um estudo realizado pela Universidade de Princeton, por exemplo, revelou que rendimentos mais altos estão associados a um maior nível de bem-estar, mas apenas até um certo patamar. O estudo mostrou que, para os Estados Unidos, esse ponto de corte era de cerca de US$ 75 mil por ano, o que equivale a um nível de vida confortável, com todas as necessidades essenciais cobertas. Após esse valor, o aumento de renda não resultava em aumento proporcional de felicidade.

No Brasil, onde a desigualdade social é marcante, essa correlação é ainda mais acentuada. Para milhões de brasileiros, a obtenção de uma renda básica ou mesmo a fuga da pobreza pode ser transformadora. O dinheiro, nesses casos, não é apenas um “luxo”, mas uma ferramenta crucial para garantir dignidade, acesso a serviços básicos e segurança.


A visão de Nathália Arcuri: mais que dinheiro, conhecimento

Além da fala provocativa, Nathália Arcuri tem uma abordagem mais ampla sobre a importância do dinheiro na vida das pessoas. Em seu canal “Me Poupe!”, ela ensina que saber lidar com o dinheiro é tão importante quanto tê-lo. A educação financeira, segundo Arcuri, é o caminho para que as pessoas saibam administrar seus recursos de forma eficiente e possam garantir o futuro que desejam.

Ela destaca que ter dinheiro sem educação financeira pode gerar mais problemas, como dívidas, investimentos ruins e a ilusão de que acumular riqueza resolve todos os problemas da vida. Nesse sentido, o trabalho de Nathália é empoderar as pessoas para que possam construir uma vida financeira sólida e, com isso, alcançar não apenas estabilidade, mas também uma vida mais plena e feliz.


Dinheiro como meio, não fim

A frase de Nathália Arcuri “dinheiro só não traz felicidade para quem já tem dinheiro” serve como um lembrete de que, para muitos, o dinheiro é uma peça fundamental para alcançar o básico e o conforto. Mas é importante lembrar que, após esse estágio, a verdadeira felicidade vem de como usamos esse dinheiro para melhorar nossa qualidade de vida, cuidar de nossas relações e buscar um propósito maior.

Em última análise, o dinheiro é um meio para atingir esses objetivos e, quando bem gerido, pode ser uma ferramenta poderosa na construção de uma vida satisfatória e equilibrada. Como Arcuri sempre enfatiza, a chave está no conhecimento, planejamento e uso consciente dos recursos financeiros, algo acessível a todos que decidam buscar a educação financeira.

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