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Gordura no fígado virou problema frequente; conheça os sintomas

A esteatose hepática, conhecida popularmente como “gordura no fígado”, tornou-se um problema de saúde cada vez mais comum em todo o mundo, afetando milhões de pessoas. Esse acúmulo de gordura nas células do fígado pode levar a complicações graves se não for tratado adequadamente. Com o aumento de casos, é essencial que as pessoas estejam cientes dos sintomas e dos fatores de risco associados a essa condição.

O que é gordura no fígado?

A gordura no fígado ocorre quando mais de 5% das células hepáticas estão infiltradas por gordura. Embora pequenas quantidades de gordura no fígado sejam normais, o excesso pode levar a inflamação, danos celulares e, em casos mais graves, à cirrose hepática ou ao câncer de fígado.

A condição é dividida em dois tipos principais:

  1. Esteatose Hepática Não Alcoólica (EHNA): Ocorre em pessoas que não consomem álcool em excesso e está frequentemente associada à obesidade, diabetes tipo 2, colesterol alto e síndrome metabólica.
  2. Esteatose Hepática Alcoólica: Relacionada ao consumo excessivo de álcool.

Sintomas comuns

Muitas vezes, a gordura no fígado não apresenta sintomas perceptíveis nas fases iniciais, o que pode dificultar o diagnóstico precoce. No entanto, conforme a condição progride, alguns sinais e sintomas podem surgir, incluindo:

  • Fadiga: Sensação de cansaço extremo e falta de energia são comuns.
  • Dor ou desconforto abdominal: Pode haver dor ou sensação de peso na parte superior direita do abdômen, onde fica o fígado.
  • Inchaço: Abdômen inchado ou sensação de plenitude.
  • Perda de apetite: Diminuição do apetite e, consequentemente, perda de peso inexplicada.
  • Náusea: Sensação frequente de náusea ou mal-estar.

Em casos mais graves, quando a condição evolui para uma inflamação ou cirrose, os sintomas podem incluir:

  • Icterícia: Amarelamento da pele e dos olhos.
  • Inchaço nas pernas e no abdômen: Devido ao acúmulo de fluidos.
  • Confusão mental: Sinais de encefalopatia hepática, uma complicação grave do fígado danificado.
  • Hemorragias: Sangramentos incomuns ou facilidade em formar hematomas.

Fatores de risco

A gordura no fígado está fortemente associada a certos fatores de risco, como:

  • Obesidade: Especialmente a obesidade central (acúmulo de gordura abdominal).
  • Diabetes tipo 2: A resistência à insulina é um dos principais fatores que levam ao acúmulo de gordura no fígado.
  • Colesterol alto e triglicérides elevados: Níveis elevados de gordura no sangue aumentam o risco.
  • Síndrome metabólica: Conjunto de condições que incluem pressão alta, níveis elevados de açúcar no sangue, excesso de gordura abdominal e níveis anormais de colesterol.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da gordura no fígado geralmente é feito através de exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia ou ressonância magnética. Exames de sangue também podem ajudar a avaliar a função hepática e detectar a presença de inflamação.

O tratamento depende da causa subjacente e da gravidade da condição. Mudanças no estilo de vida são a base do tratamento e podem incluir:

  • Perda de peso: Emagrecer de forma gradual pode ajudar a reduzir a quantidade de gordura no fígado.
  • Alimentação saudável: Dietas ricas em frutas, vegetais, grãos integrais e com baixo teor de gordura são recomendadas.
  • Atividade física regular: Exercícios aeróbicos ajudam a controlar o peso e melhorar a saúde do fígado.
  • Controle do diabetes e colesterol: Manter esses níveis sob controle é crucial.

Em casos mais avançados, onde há inflamação ou cirrose, o acompanhamento médico rigoroso e, em alguns casos, o uso de medicamentos específicos são necessários.

Conclusão

A gordura no fígado é uma condição séria, mas que pode ser controlada e até revertida com o diagnóstico precoce e mudanças no estilo de vida. Ficar atento aos sintomas e procurar orientação médica ao notar qualquer sinal de problema hepático é fundamental para manter a saúde do fígado e prevenir complicações mais graves.

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