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Um balão caiu dentro do Parque Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo, e pegou fogo.

No início da noite deste domingo (28), um balão em chamas caiu no Parque Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo.

O incidente ocorreu por volta das 18h30 e foi registrado por visitantes do parque. O balão passou entre as árvores do Ibirapuera antes de pegar fogo.

Os destroços do balão, ainda em chamas, caíram sobre a copa de uma árvore.

De acordo com a Urbia, concessionária responsável pela gestão do Parque Ibirapuera, o balão caiu próximo ao Portão 4. Equipes de Segurança e Bombeiros Civis foram imediatamente acionadas para lidar com o incêndio.

“A equipe permaneceu no local durante todo o processo de monitoramento, assegurando que o fogo dos restos do balão não se espalhasse. A concessionária enfatiza que não houve feridos nem danos à fauna e flora do parque”, informou a Urbia.

Em uma semana, este foi o segundo grande balão a cair na capital paulista. Na segunda-feira (22), um balão de 75 metros de altura caiu e pegou fogo na Zona Leste.

As cordas do balão causaram danos a seis veículos e chegaram a levantar uma moto até um poste.

Cerca de 400 mil pessoas ficaram sem energia elétrica, conforme informou a concessionária de energia Enel.

O balão de 75 metros que caiu e pegou fogo na madrugada de segunda-feira (22) em São Paulo havia sido solto em Bom Jesus dos Perdões. O balão percorreu pouco mais de 50 quilômetros em linha reta até a Zona Leste da capital. Cerca de 500 baloeiros e simpatizantes se reuniram para a soltura e rezaram um “Pai Nosso” antes do evento.

Fabricar, vender, transportar e soltar balões como o que causou o incêndio é considerado crime ambiental. Se condenados, os responsáveis podem enfrentar penas de 1 a 3 anos de prisão, além de multas que podem começar em R$ 10 mil.

Além da Divisão de Investigação sobre Infrações contra o Meio Ambiente, o 64º Distrito Policial (DP), AE Carvalho, na Zona Leste de São Paulo, também está envolvido nas investigações. A polícia está investigando pelo menos três grupos de baloeiros por suspeita de participação na soltura do balão.

Os responsáveis pelos grupos de baloeiros também poderão ser responsabilizados criminalmente pelos danos causados pelo balão, que passou por áreas como Itaquera e Aricanduva, na Zona Leste.

As cordas do balão causaram danos significativos: seis veículos foram danificados, uma moto foi levantada até um poste e um carro foi derrubado e tombado em Itaquera. A queda do balão também provocou incêndios no quintal de uma casa e no parquinho de uma creche em Aricanduva. Embora não tenha havido feridos, o prejuízo totalizou mais de R$ 200 mil.

O Corpo de Bombeiros conseguiu controlar as chamas, mas o incêndio afetou a rede elétrica da região. Mais de 1 milhão de pessoas em sete bairros da Zona Leste ficaram sem energia. Segundo a Enel, empresa responsável pelo fornecimento de energia, a eletricidade foi restaurada para todos os imóveis afetados na noite de segunda-feira.

A reportagem não conseguiu entrar em contato com membros dos grupos de baloeiros para comentar o caso. Informações de pessoas ligadas a esses grupos indicam que o custo para a produção do balão com os explosivos variou entre R$ 270 mil e R$ 300 mil. Foram utilizados mais de 300 kg de papel e dez gaiolas com fogos de artifício.

“Foi o maior balão fogueteiro já construído e solto no país. Um balão de 75 metros de altura. Foi algo histórico para os baloeiros” De acordo com uma fonte que prefere permanecer anônima e que está familiarizada com o meio, o balão havia sido planejado há quatro anos. A mesma pessoa revelou que o custo de produção do balão, que incluía os explosivos, variou entre R$ 270 mil e R$ 300 mil, utilizando mais de 300 kg de papel e dez gaiolas com fogos de artifício.

O financiamento para a construção dos balões gigantes provém das mensalidades pagas pelos baloeiros aos grupos, que variam entre R$ 50 e R$ 100. Testemunhas ouvidas pela reportagem informaram que, quatro dias antes da soltura, os grupos alugaram um sítio para preparar o balão.

Segundo essas fontes, os baloeiros acreditavam que o vento levaria o balão em direção ao litoral, onde ele cairia no mar. No entanto, uma falha na ignição da tocha impediu que o balão ganhasse altura, frustrando o plano inicial.

O balão não era tripulado e estava equipado com cordas amarradas a uma gaiola de arame, que carregava fogos de artifício. Vídeos mostram que os fogos foram acionados logo após a decolagem do balão, com explosões de luzes visíveis no céu. Enquanto isso, os baloeiros no chão comemoravam, vibrando, gritando e batendo palmas.

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