Município do Amazonas não tem políticas preventivas contra desastres climático
A seca que atinge o Amazonas deixou moradores isolados, sem água, comida, atendimento médico ou educação. Mas há apenas dois anos a mesma bacia amazônica vivia o problema contrário: uma cheia recorde, que alagou bairros e comunidades inteiras. Já em 2010, o desastre climático foi, de novo, uma seca sem precedentes, superada apenas pela deste ano.
Ficamos sem água, com o sol quente queimando a pele, arriscando pegar uma febre e uma diarréia , relata Ruth Martins, moradora da Boca do Mamirauá. No lago Mamirauá, próximo à comunidade de Ruth, mais de 140 botos (espécie de golfinho) morreram depois que a água passou dos 40 Cº.
Ao contrário da população em geral, políticos e gestores públicos locais teriam a obrigação de saber do fenômeno com antecedência, já que ele foi previsto pela meteorologia há pelo menos seis meses.
O nosso governo podia fazer esse planejamento de ano em ano. Os representantes do nosso município deveriam reunir todo mundo, fazer uma proposta para uma prevenção, falar uma forma para os comunitários garantirem a sua alimentação, ter uma data certa para ter essa alimentação”, sugere a liderança ribeirinha.
“Porque quando não é cheia, é a seca. Então eu acho que deveria sim ter um plano de ação”, opina a moradora da comunidade Boca do Mamirauá.